Entenda o que é o sangramento uterino anormal e saiba quais são as opções terapêuticas para essa condição. Sangramento uterino anormal: como pode ser tratado?
O sangramento uterino anormal, conhecido também pela sigla SUA, trata-se da perda sanguínea de características diferentes da menstruação normal. Essas mudanças podem afetar o volume, duração, regularidade e frequência, configurando um amplo espectro de manifestação clínica desta condição.
Sangramento uterino anormal: como pode ser tratado?
Estima-se que atualmente cerca de 30% das mulheres apresentam SUA, seja de caráter agudo ou crônico. O SUA é um dos grandes responsáveis por inúmeras consultas ginecológicas anualmente, sendo que a maioria delas não possui repercussões clínicas significativas e nem compromete o estado geral das pacientes.
No entanto, em algumas situações, principalmente quando o sangramento uterino anormal é de grande intensidade, o tratamento pode ser necessário.
Mas antes disso, é essencial passar por uma consulta ginecológica para que uma médica capacitada faça a avaliação do seu quadro e investigue possíveis causas. Confira a seguir mais algumas informações sobre o SUA.
Principais causas do sangramento uterino anormal
Existem inúmeros motivos para o sangramento uterino anormal, sendo que cada faixa etária apresenta particularidades específicas e causas diferentes. Por isso, a investigação ginecológica é tão fundamental.
As causas mais comuns para o SUA são:
- Gravidez;
- Disfunção da ovulação;
- Distúrbios hemorrágicos;
- Uso de contraceptivos hormonais e dispositivos intrauterinos (DIUs);
- Alterações estruturais da cavidade uterina, como miomas, pólipos endometriais, adenomiose, etc;
- Doenças da tireoide, que podem afetar a regulação do eixo hipotálamo-hipófise-gônada, entre outros.
Como é feito o diagnóstico do SUA?
A identificação do sangramento uterino anormal é essencialmente clínica, no entanto, é fundamental compreender se o SUA possui origem estrutural (alterações anatômicas) ou origem não estrutural (disfunções hormonais, por exemplo).
Para isso, diversos recursos médicos podem ser colocados em prática para realizar a profilaxia da paciente.
Durante a consulta com a ginecologista, a médica será capaz de entender o quadro e conseguir identificar possíveis causas que possam estar ocasionando o sangramento uterino anormal.
Sangramento uterino anormal: como pode ser tratado?
Vale ainda destacar que, além de identificar a causa, a investigação do SUA também deve incluir as principais repercussões que essa condição acarreta.
Um exemplo é a anemia, um sinal clínico muito prevalente em mulheres que apresentam perda sanguínea excessiva.
Algumas perguntas podem ser feitas a paciente, a fim de identificar se há alteração na perda sanguínea, sendo elas:
- Você precisa trocar seu absorvente durante a noite ou acordar durante a noite para trocar a proteção?
- Durante os dias mais intensos, já teve sangramento que extravasou um tampão ou absorvente em menos de 2 horas?
- Você expele grandes coágulos sanguíneos durante o período menstrual?
- Você já sentiu sensação de desmaio ou falta de ar durante o período menstrual?
- Você tem de organizar suas atividades sociais em torno do seu sangramento menstrual?
- Você está preocupada em ter acidentes relacionados ao seu sangramento?
Caso a resposta seja “SIM” para uma dessas perguntas ou haja comprometimento da qualidade de vida devido ao SUA, é importante buscar uma ginecologista capacitada para diagnosticar o sangramento uterino anormal.
Possíveis tratamento para sangramento uterino anormal
A indicação do tratamento mais adequado para o sangramento uterino anormal depende da identificação da causa desta condição. Após isso, a ginecologista que está acompanhando o caso poderá orientar quanto a melhor forma de tratar.
Basicamente, o tratamento objetiva reduzir as repercussões do SUA, diminuindo a perda de sangue menstrual e melhorando a qualidade de vida da paciente.
As principais opções são:
- DIU Mirena: esse dispositivo intrauterino libera um tipo de progesterona (levonorgestrel), o que faz com que o endométrio permaneça fino, reduzindo o ciclo menstrual e diminuindo cólicas;
- Anticoncepcionais orais: assim como o DIU Mirena, atuam inibindo a proliferação endometrial, o que diminui a menstruação e a perda sanguínea;
- Anti-inflamatórios nãos esteroidais (AINEs): estes medicamentos diminuem a produção de prostaglandinas, o que diminui a menstruação;
- Intervenção cirúrgica, principalmente para pacientes com alterações estruturais da cavidade uterina ou que não responderam ao tratamento com medicações.
Vale ressaltar novamente que o tratamento para o sangramento uterino anormal irá depender da causa do problema e da avaliação médica qualificada.
Sangramento uterino anormal: como pode ser tratado?
Em caso de alteração do volume, frequência, duração e fluxo menstrual, não deixe de consultar uma ginecologista. Agende uma consulta com a Dra Carolina Medaglia na Cinge para entender o que está afetando a menstruação.