Saiba mais sobre o papilomavírus humano e entenda se é possível realizar a vacinação mesmo após ter se infectado. Tive HPV: ainda posso me vacinar?
O papilomavírus humano, conhecido popularmente pela sigla HPV, é uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) mais comum no Brasil e no mundo. Por isso, conhecê-la é tão importante, a fim de identificar como é possível preveni-la e tratá-la no caso de haver a infecção.
Confira a seguir algumas informações sobre esse vírus tão prevalente.
O que é o papilomavírus humano?
O HPV é uma infecção viral muito associada ao desenvolvimento de verrugas e lesões precursoras de câncer. Comumente o vírus é transmitido majoritariamente pelo contato sexual, sendo que ele é capaz de infectar a pele e as mucosas que revestem o ânus, boca, garganta, vulva, pênis e vagina.
Tive HPV: ainda posso me vacinar?
Existem, atualmente, mais de 200 tipos diferentes de HPV, sendo que cerca de 40 deles podem infectar o trato ano-genital. Destes, pelo menos 13 são considerados oncogênicos, ou seja, tem potencial de causar câncer de colo do útero.
Estima-se que atualmente 54,6% da população brasileira possui esse vírus, sendo que aproximadamente 38% estão infectados pelos subtipos considerados de alto risco carcinogênico.
Os subtipos 16 e 18 do Papilomavírus Humano são os de mais alto risco para o desenvolvimento de câncer de colo do útero, sendo que eles são os mais relevantes no contexto de saúde pública do Brasil.
Sintomas da infecção pelo papilomavírus humano
O principal sinal e sintoma associado à infecção pelo papilomavírus humano é o surgimento das lesões e verrugas características. Geralmente elas acometem a pele e mucosa do trato genital, além do trato gastrointestinal superior, como boca e garganta.
Apesar de comumente ser relacionada a essa manifestação clínica, é importante ressaltar que muitos pacientes podem ser assintomáticos. Neste caso, o rastreio da infecção pode ser feito por meio das sorologias e é fundamental.
Além disso, a vacina contra HPV se torna fundamental, já que previne que o vírus infecte os tecidos e reduz o risco de desenvolvimento de lesões precursoras de câncer.
Vacina contra HPV
A vacina contra o HPV é a melhor forma de prevenção da infecção, bem como do desenvolvimento de câncer de colo do útero. Atualmente, existem três tipos de vacina:
- Bivalente: protege contra os tipos 16 e 18;
- Quadrivalente: protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18;
- Nonavalente: protege contra os tipos 6, 11, 16,18, 31, 33, 45, 52 e 58. Recém chega ao Brasil.
No Sistema único de Saúde (SUS), a vacina contra o Papilomavírus Humano disponível é a Quadrivalente, que apresenta alta eficácia contra os tipos de alto risco para desenvolvimento de verrugas e de lesões potencialmente cancerígenas.
Mas quem tem direito à vacina contra HPV pelo SUS? Podem se vacinar:
- Meninas de 9 a 14 anos;
- Meninos de 9 a 14 anos;
- Homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.
Além da vacina contra HPV é importante lembrarmos do uso de preservativo como método de proteção contra essa e outras ISTs.
Quem teve HPV pode se vacinar?
Muitas pessoas se questionam se após a infecção pelo HPV é possível fazer uso da vacina. E a resposta para essa pergunta é: SIM!
O ideal é que a vacina seja oferecida antes do início da atividade sexual. Porém, mesmo pessoas que já iniciaram a prática ou que já tiveram infecção pelo Papilomavírus Humano, possuem indicação para a vacinação.
Tive HPV: ainda posso me vacinar?
Isso se deve ao fato de que há comprovação de que a vacina contra HPV confere proteção cruzada, ou seja, protege contra a infecção por outros subtipos do vírus.
Para saber mais sobre a vacinação contra o Papilomavírus Humano ou ainda sobre as lesões ocasionados por ele, agende uma consulta presencial ou online com a Dra. Carolina Medaglia – Ginecologista na Clínica Cinge (Distrito Federal).